Esse projeto surgiu após eu ter postado um conto em uma comunidade e ter recebido um terrível número de críticas negativas. Apesar de discordar da maioria delas, decidi ampliar a ideia e a transformar em um romance curto.
Espero que gostem e peço que me indiquem onde posso melhorar o texto.
Obrigado!
Espero que gostem e peço que me indiquem onde posso melhorar o texto.
Obrigado!
Prólogo.
O frio do
deserto incomoda o homem que caminha em direção da pequena fogueira em passos
rápidos. Ele se pergunta como pode ser possível que o calor causticante do dia,
possa desaparecer durante a noite e dar lugar ao maldito frio. Seu humor, só
piora por essa pergunta estúpida e retórica, ter lhe vindo à mente. Quando
rente ao fogo, aproxima suas mãos enregeladas até as chamas e a sensação que
tem é reconfortante.
O chiar do
café fervendo na velha e escurecida chaleira pendurada sobre o fogo em uma
armação metálica, é o único som que se opõe ao silêncio quase palpável do
deserto.
O homem
senta-se em uma cadeira dobrável de praia e se servindo de uma caneca de
estanho, bebe do forte e amargo café, seu único apoio contra o sono que quase o
domina.
Ele pensa
em guardar as coisas e voltar para casa, mas após uma olhada no relógio de
pulso, a ideia se mostra pouco aceitável. Ainda é muito cedo e uma noite de lua
nova, quando o céu é mais escuro, não pode ser desperdiçada. Assim que o
líquido da velha caneca se esgota, a figura solitária retorna ao telescópio
para continuar sua vigília das estrelas.
Uma longa e
por vezes desalentadora vigília.
Por vezes,
ele pensa em desistir dos seus estudos. Vários pensamentos pessimistas se
alojaram em seu coração após tantos anos: Quantas noites já se passaram?
Quantas outras coisas poderiam ser feitas com esse tempo gasto? Quando seus
esforços teriam frutos? Por que ele ainda ama tanto perscrutar o firmamento? –
São as perguntas que nos últimos tempos passaram a dominar suas divagações.
Após mais
duas longas horas observando galáxias e outras estruturas do cosmos, o cansaço
e o desanimo acabam por vencer a vontade do homem e ele dá como encerrada a
noite. Antes de começar os preparativos para
partir, ele segue o seu pequeno ritual pessoal, onde por alguns poucos
minutos foca o seu planeta favorito, Plutão. O mesmo que anos antes, na sua
infância, foi o primeiro corpo celeste que observou através de um telescópio,
no museu, ao lado de seu pai. Boas memórias, cheias de nostalgia, invadem o
astrônomo, para logo serem seguidas pela lembrança de que décadas antes, o seu
querido planeta fora rebaixado ao status de planetoide ou planeta anão.
-Bando de
viados. Queimem no inferno. – O homem pragueja contrariado.
Ainda
observando o anão de gelo e rocha, algo lhe chama a atenção, um brilho,
distante e difuso, que parece estar em movimento. Por alguns momentos, o homem
fica observando atentamente, como se algo sobrenatural se mostrasse na imagem
incomum captada pelo telescópio. O cansaço some perante a visão do diminuto
brilho e correndo, o astrônomo vai até o computador portátil que está pousado
em uma pequena mesa de dobrar ao lado do velho Ford 2017 e freneticamente
digita as coordenadas aproximadas do brilho, para averiguar se algum satélite
ou telescópio espacial poderiam estar nas proximidades.
Durante
minutos, o programa faz cálculos e correlata dados, intermináveis minutos.
Assim que os resultados são expostos na tela, um sorriso de pura felicidade surge
no rosto do homem. Ele retira do bolso o celular e tenta fazer uma ligação, mas
o sinal é ridiculamente fraco e não importando a posição que ele busque, é
impossível se comunicar. O homem entra no carro e dirigindo como um fugitivo
corre para o posto de combustível mais próximo, para assim fazer uma ligação em
algum telefone fixo. A viagem de pouco mais de dez quilômetros, parece ser
muito mais longa para o motorista exasperado.
Quando
chega ao destino, ele desce correndo do carro e praticamente salta sobre o
aparelho na parede da pequena loja de conveniência, deixando o sonolento atendente
assustado.
O astrônomo
digita com pressa e nervosismo os números enquanto sorri abobalhado para o rapaz
atrás do balcão.
A pessoa do
outro lado da linha demora a atender e a quando isso ocorre, a voz tem um tom
de reprovação.
-Você sabe
que horas são? Sacanagem acordar os outros assim Paul.
Paul
responde quase sem folego de tanta alegria e nervosismo.
-Andrew!
Andrew! Eu consegui! Puta merda, eu consegui! Eu descobri!
A voz do
homem no outro lado da linha toma tons de surpresa.
-Descobriu
o que? Fala logo porra! O que?
O astrônomo
tomado pela mais profunda alegria, deixa escapar algumas lágrimas de emoção
enquanto com a voz embargada, reponde.
-Eu acho
que descobri um cometa!
Olá! Bom prólogo, mas... eu deveria ter lido quando tivesse mais capítulos, pois fiquei aqui a ver navios, queria mais e não tem. KKK. Achei uma boa descrição. Quando se é bom se vê a cena e vi tudinho daqui. Um abraço. Vou aguardar +
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